Polícia trabalha para elucidar o caso da morte de João da Galinha

O empresário João Francisco, mais conhecido como João da Galinha foi assassinado nesta sexta-feira (22) na sua própria casa, em Alhandra. Dois jovens são acusados de realizar essa barbaria contra a vida do empresário, ambos já foram capturado.
João da Galinha era filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e partilhava da filosofia de ajudar ao próximo e lutar por uma sociedade mais igualitária. João da Galinha foi candidato a vice-prefeito em Alhandra na chapa Marcelo e João, mas não obteve êxito. Porém nos últimos meses João Da Galinha ganhou a aclamação popular para ser candidato a prefeito em Alhandra em 2020. Esse desejo era mantido por ambos os lados políticos de Alhandra, pois João da Galinha conseguiu cativar e unir os lados políticos da cidade em busca de um futuro melhor para Alhandra. Sua simplicidade e carisma atingiu níveis altos de popularidade, colocando João da Galinha como nome certo a prefeito em 2020 e candidato forte a altos patamares na política pelo grupo que ele participava. O Litoral.News colocou João da Galinha como uma das personalidades políticas que haviam sido destaque em 2017. Do homem pacato e a vida reclusa com a família, no último ano João da Galinha passou a ser personalidade pública e política em Alhandra.

O assalto a casa de João.

Em Setembro de 2017 a residência de João da Galinha foi invadida por dois homens. O assalto foi planejado por criminosos de João Pessoa, dois homens ficaram de prontidão no portão da casa de João da Galinha esperando alguém entrar, para assim forçar a entrada e fazer a família de refém. Um outro criminoso ficou fora da casa esperando os comparsas realizarem o assalto. Na ocasião cerca de R$ 60 mil reais foram levados do empresário. Dois dias após o assalto a Polícia Militar, a Polícia Civil, a SEAP e a UNINTELPOL deram provimento a um mandado de prisão contra Jolcean Mendes, de 40 anos, acusado de participar do assalto a casa de João da Galinha. No momento da prisão o meliante negou a participação, porém ele mesmo declarou ser acusado de 14 homicídios em João Pessoa, e réu confesso em dois crimes. Jolcean Mendes já havia cumprido pena e estava em regime semi aberto.

Outras tentativas de execução.

Após o assalto em Setembro e a prisão de um dos acusados, a segurança da família de João da Galinha ficou em perigo. Carros com placa fria começaram a rondar a residência do empresário. Por varias vezes a Polícia era acionada para verificar movimentações estranhas nas redondezas da casa de João da Galinha. Sempre um táxi Voyage Branco ou um táxi Fiat Siena, ambos de João Pessoa, estavam de prontidão nas primeiras horas da manhã na porta da casa do empresário. A movimentação suspeita deixou a família, vizinhos e a própria polícia em alerta.

O crime de execução.

Na manhã da sexta-feita (22) dois elementos pularam o muro da casa de João da Galinha através da casa da vizinha, ao adentrar no quintal da residência os meliantes ficaram escondidos dentro da carroceria do carro do empresário. Ao acordar pela manhã, João da Galinha se dirigiu ao carro para limpar os tapetes, ao se aproximar percebeu que haviam dois elementos escondidos no carro, houve uma discussão e luta corporal entre João da Galinha e os dois bandidos, um tiro acertou o joelho de um dos marginais, outro tiro no braço de João da Galinha, em algum momento da discussão e luta João da Galinha caiu de costas, e foi nessa hora que um dos meliantes o executou com tiros na cabeça. Após o crime toda a família acordou, e os dois criminosos fugiram pelo mesmo lugar que entraram. Os bandidos deixaram para trás uma mochila, um celular, um capuz e um tênis, todo material foi apreendido pela polícia e está em análise pela perícia.

A prisão dos acusados da execução.

Após o crime os bandidos fugiram pelas ruas de Alhandra com uma moto roubada, eles foram em direção a PB034 para sair a BR101 com destino a João Pessoa. Na altura do bairro de Nova Alhandra os meliantes abandonaram a moto e roubaram um carro, um Gol prata; e fizeram o proprietário do carro de refém. Fugiram em direção a João Pessoas pela BR 101. A notícia da morte de João da Galinha já havia se espalhado rapidamente, e as características do carro roubado foi enviada imediatamente para Polícia, que logo impetrou perseguição aos bandidos. Na altura de Mata Redonda a Polícia já estava no encalço dos marginais, uma intensa troca de tiros aconteceu até eles passarem pela PRF de Mata Redonda, quando um dos tiros atingiu o pneu do carro, e sem ter para onde fugir os bandidos se entregaram e liberaram o refém. Foi um trabalho ágil e brilhante da polícia. O marginais foram levados para a delegacia de polícia civil de Alhandra, e depois para a central de polícia na capital paraibana.

Suspeitas da motivação do crime.

Latrocínio, execução, política, vingança; tudo ainda é um mistério na morte de João da Galinha. A polícia trabalha sobre varias linhas de investigação, e não descarta nenhuma possibilidade. O que já se sabe é que a morte de João da Galinha foi encomendada e custou R$ 500,00 para os criminosos fazerem a ação. Todo o inquérito corre em segredo de justiça, e a Polícia está trabalhando para elucidar todo caso. No momento da prisão dos acusados, um deles teria dito que a ordem veio de um presídio da capital, a Polícia ainda está averiguando essa informação para saber se procede.

O velório de João da Galinha.

O velório foi realizado no Clube Gilberto Valério, em Alhandra. A prefeitura decretou luto oficial de 3 dias. Personalidades políticas, empresários, amigos, familiares, admirados, todos se fizeram presentes para homenagear João da Galinha. O corpo estava envolto com uma bandeira de Alhandra, e todos puderam se aproximar e dar um último adeus. Uma missa de corpo presente foi realizada pelo Padre Jairo, da Paróquia N.S da Assunção, e pelo padre Jurandir. Uma multidão seguiu o cortejo fúnebre pelas ruas de Alhandra até o cemitério municipal. Um cortejo triste porém cheio de homenagens de todos que tiveram um pouco da convivência de João da Galinha.


Litoral.News 

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